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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

DO JORNAL DIÁRIO DO AMAPÁ

De soldado a mendigo – uma trajetória vencida


O personagem da trajetória é Francisco da Silva e Silva, o Chico, 41 anos de idade

Um soldado da Polícia Militar viciado em drogas, principalmente em merla ou pasta de cocaína.
Por causa do problema, foi expulso da corporação. Depois, também se tornou alcoólatra. E caiu
totalmente na desgraça – passou a ser mendigo.
O personagem da trajetória é Francisco da Silva e Silva, o Chico, 41 anos de idade, residente
em Monte Tabor, para onde foi quando não tinha mais horizonte, a não ser a morte indigente.
Hoje completamente recuperado, Chico opta em ficar em Monte Tabor, onde atua como monitor,
ajudando viciados que ali chegam desesperados à procura de salvação.
Em Monte Tabor, o ex-soldado PM F. Silva constituiu família. Casou-se há três anos com
Renata Cristina, 18, com quem tem o pequeno Guilherme com a mesma idade do matrimônio.
Renata ia aos fins de semana visitar os pais viciados na comunidade te-rapêutica. Passados
alguns meses, já visitava o local, nem tanto pelos pais, mas pelo Chico. Então os dois
resolveram unir-se pelo matrimônio.
“Hoje eu vivo feliz, em comunidade, ajudando pessoas que sofrem como eu já sofri; estou com
uma companheira, depois de desfazer um casamento lá fora; tenho a minha casinha e um filho
que junto com a Renata me torna um homem muito feliz”, confessa Francisco.
O ex-militar lembra que está há seis anos em Monte Tabor, tendo ido para ali como um presente
para a sua mãe que sofria com o estado dele de mendigo. Derramando lágrimas, e
desculpando-se que o viciado é bom de coração, mas faz qualquer coisa para obter a droga,
confessa que encapuzado e com ajuda de dois colegas de vício chegou a assaltar o seu pai.
Chico lembra tristonho que depois do assalto, o seu pai passou a ter problemas de coração.
Sofreu o primeiro infarto, e não resistiu ao segundo ataque, tempos depois. Com a morte do pai
ainda presente em sua memória, ele luta para vencer esse trauma, como venceu o martírio das
drogas.

Essa matéria foi retirada do Jornal Diário do Amapá do dia 27/11/2012.

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